O actual governo que chegou ao poder em 2011, com a promessa
de que com eles não haveria mais austeridade, afinal passados quatro anos de
governação verifica-se como foi demonstrado, que afinal não só não cumpriram o
que prometeram como Portugal está muito pior do que em 2011.
Em termos de emprego verificamos que nos últimos quatro anos
a taxa de desemprego aumentou, para valores jamais existentes em Portugal. Devido
às medidas anti económicas, foram cerca de duzentos e quarenta mil os postos de
trabalho destruídos só entre 2011 e 2012 e a taxa de desemprego só não foi
maior, já que em apenas quatro anos deu-se uma fuga para o estrangeiro em busca
de trabalho cerca de meio milhão de trabalhadores, a grande maioria deles
jovens e altamente qualificados.
Portugal nos últimos quatro anos ficou mais pobre, já que o
seu Produto Interno Bruto, PIB, decresceu cerca de 6,5 mil milhões de euros de
2010 para 2014, encontra-se agora aos níveis de 2007, Já a divida pública subiu
em cerca de 52 mil milhões no mesmo período. (nota: utiliza-se os valores de 2010 uma vez que 2011 foi da
responsabilidade partilhada dos dois governos).
Ou seja, estamos mais pobres e devemos muito mais, isto em
apenas 4 anos, imaginem o que será se esta política continuar.
Outra questão que se coloca neste período eleitoral, é se a
Segurança Social é ou não sustentável. Pois verificamos que sim, a segurança
social actualmente é sustentável, ainda que com o número de trabalhadores a
diminuírem torna-se mais difícil esta estabilidade, que certamente será
garantida no dia em que esta tendência mudar. Mas uma coisa é certa não há
necessidade do seu plafonamento o qual apenas servirá para engordar entidades
especuladores, havendo mesmo o risco de um trabalhador que aposte nesta opção,
no dia que se aposentar não receber qualquer valor destas entidades, pois as
suas economias podem ter voado, tal como está a acontecer no escândalo do BES.
Concluído, temos um primeiro-ministro
que garantiu no período pré eleitoral que não acabaria com o 13.º mês, não só
acabou com este bem como o subsídio de férias, apenas dois anos uma vez que foi
“proibido” pelo tribunal constitucional, já que era uma medida anticonstitucional. Um primeiro-ministro que chamou piegas, às pessoas que
gritaram nas ruas pelos seus direitos, que sempre disse que custa-se o que
custa-se as medidas de austeridade teriam de ir para a frente, medidas que
passaram pela redução do poder de compra dos trabalhadores em geral e da classe
média em particular, classe esta que aliás conseguiram reduzir a quase a zero.
Estas medidas destruíram postos de trabalho, despedimentos
aumento do desemprego, emigração, numa só palavra empobrecimento. Sim, aqui o primeiro-ministro não mentiu quando disse se
queríamos ser competitivos teríamos que empobrecer (pois estávamos a viver
acima das nossas possibilidades).
É este primeiro-ministro que queremos por mais quatro anos?
Em nossa opinião, já chega de estagnação, há outras
propostas, umas melhores outras piores, mas certamente que pior do que o actual
governo, liderado por um primeiro-ministro que se contradiz constantemente e insensível
às justas reivindicações do seu povo, não há.
Nestas eleições, vote em quem achar que tem
mais capacidade para nos governar de forma a promover o desenvolvimento de
Portugal, um Portugal onde se viva em liberdade e sem medo de perder o seu ganha-pão,
alguém que nos ajude a ultrapassar os dias difíceis, que ainda estão por vir.
Na altura de colocar a cruz lembre-se deste últimos quatro
anos.
Coloque o cruz onde quiser, mas jamais à frente da coligação
PaF (aliança PSD/CDS).